Banco Central da Venezuela tinha pedido desbloqueio de mais de 30 toneladas de ouro para o combate à pandemia de Covid-19.
Por France Presse
02/07/2020
Um juiz britânico determinou nesta quinta-feira (2) "inequívoco" o
reconhecimento de Juan Guaidó como "presidente interino" da Venezuela,
em um julgamento sobre mais de 30 toneladas de ouro venezuelano
depositadas no Banco da Inglaterra (BoE).
O governo de Nicolás Maduro teve o acesso impedido ao ouro, que é avaliado em US$ 1 bilhão.
"O governo britânico reconhece o senhor Guaidó na capacidade de
presidente constitucional interino da Venezuela" e "em virtude da
doutrina de 'uma única voz' o tribunal deve aceitar esta declaração como
inequívoca", escreveu o juiz Nigel Teare em sua decisão.
A direção
do Banco Central da Venezuela, presidida por Calixto Ortega, que pediu o
desbloqueio do ouro em maio para financiar o combate à pandemia de
Covid-19.
O BoE afirma, no entanto, que o ouro está bloqueado entre esta direção do BCV e outra rival, nomeada por Guaidó.
Por este motivo, o juiz decidiu examinar antes, em um caso diferente,
quem deve ser reconhecido como legítimo representante da república
venezuelana.
Banco Central da Venezuela já anunciou que irá recorrer.
"O Banco Central da Venezuela pedirá permissão ao tribunal para apelar
esta sentença, por considerar que ignora por completo a realidade da
situação no terreno", afirmou em nota o advogado Sarosh Zaiwalla.