Vicente Santini havia sido demitido da função de secretário-executivo da Casa Civil e depois admitido em novo cargo.
Bolsonaro também disse que vai tirar o PPI da Casa Civil.
Por G1 — Brasília
30/01/2020
O presidente Jair Bolsonaro escreveu em uma rede social nesta
quinta-feira (30) que vai tornar sem efeito a admissão do ex-número 2 da
Casa Civil, Vicente Santini, no novo cargo.
Esta é a segunda vez na semana que Bolsonaro anuncia a saída de Santini de algum posto no governo.
Santini foi primeiramente exonerado por Bolsonaro do cargo de secretário-executivo da Casa Civil, na quarta-feira (29).
O presidente não gostou de ele ter usado um voo da Força Aérea Brasileira para viajar à Índia.
Logo depois, Santini foi nomeado novamente para outro cargo na Casa Civil.
Ele seria assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil.
Agora o presidente está dispensando o servidor também da nova função.
No cargo de número 2 da Casa Civil, de natureza especial, Santini recebia um salário bruto de R$ 17.327,65 mensais.
No novo cargo, de categoria DAS 102.6, a remuneração prevista seria de R$ 16.944,90 (R$ 382,75 a menos).
Bolsonaro torna sem efeito admissão de Santini na Casa Civil
Após a primeira exoneração e nomeação no novo cargo, a Casa Civil disse
em nota que "o presidente [Bolsonaro] e Vicente Santini conversaram, e o
presidente entendeu que o Santini deve seguir colaborando com o
governo".
De acordo com o blog do Valdo Cruz, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filhos do
presidente, haviam feito um apelo para ele manter Santini no governo.
Os dois são amigos de Santini e, após a primeira exoneração, haviam pedido para Bolsonaro aceitá-lo em um novo cargo.
Foi lembrado que Santini, durante a campanha, chegou a conseguir
segurança extra para a mulher de Bolsonaro, Michelle – intermediada por
um irmão de Santini em São Paulo.
Bolsonaro informou ainda que
decidiu exonerar o ministro interino da Casa Civil, Fernando Moura, que
assinou a nomeação de Santini para o novo cargo.
Todas essas
modificações na Casa Civil ocorrem em um momento em que o ministro
titular, Onyx Lorenozini, está de férias. Lorenzoni havia escolhido
Moura (então secretário-adjunto) para substituir Santini na Secretaria
Executiva da pasta.