Por CNN - 17 de ago, 2023
A FA (Federação de Futebol da Inglaterra) estuda o nome de Sarina Wiegman, atual comandante da seleção feminina do país, para assumir a equipe nacional masculina quando (e se) Gareth Southgate deixar o cargo.
A informação foi dada pelo executivo-chefe da Federação, Mark Bullingham, nesta quinta-feira (17).
Wiegman levou a Inglaterra à final da Copa do Mundo feminina, apenas 13 meses depois de conduzir o time ao seu primeiro título internacional: a Eurocopa feminina de 2022.
A ex-treinadora da seleção femina da Holanda, que possui contrato com a FA até 2025, também é apontada como favorita a assumir a seleção feminina dos Estados Unidos, depois que o treinador Vlatko Andonovski pediu demissão, após uma participação abaixo das expectativas no Mundial.
O nome de Wiegman, porém, ganha cada vez mais força nos bastidores do futebol inglês, principalmente depois dela assumir a seleção feminina no lugar de Phil Neville, em setembro de 2021, e simplesmente transformar a equipe em uma das grandes potências do esporte atualmente.
De acordo com Bullingham, a holandesa "pode fazer o que quiser" no mundo do futebol, inclusive assumir a seleção masculina da Inglaterra.
"As pessoas sempre dizem: 'precisamos do melhor homem' ou 'precisamos do melhor inglês'. Mas por que tem que ser um homem (no comando da seleção masculina)?", questionou o dirigente.
"Nossa resposta é: procuramos a melhor pessoa para este trabalho. Sarina está fazendo um grande trabalho e esperamos que continue assim por um longo período. Eu acho que ela pode conseguir o que quiser no futebol", seguiu.
"Se em algum momento no futuro ela decidir que quer ir para o futebol masculino, isso geraria uma discussão interessante. Mas a decisão é totalmente dela, certo?", seguiu.
"Não acho que ir para o futebol masculino seja visto necessariamente como 'subir um degrau'. Se ela decidir ir em uma direção diferente no futuro, creio que ela é totalmente capaz disso", exaltou.
"Procuramos sempre a melhor pessoa para o trabalho, e, se essa pessoa é uma mulher, então por que não? [...] Não acredito que tenha que ser necessariamente um homem", complementou.
Até hoje, nenhuma mulher foi contratada como treinadora principal de um time profissional na Inglaterra.
O único caso foi o de Hannah Dingley, que assumiu interinamente o comando do Forest Green Rovers, da 4ª divisão, por um rápido período recentemente.