Renan Sena também é suspeito de lançar fogos contra o STF.
Ministro Dias Toffoli pediu abertura de investigação contra o ativista.
Por Afonso Ferreira e Carolina Cruz, G1 DF
14/06/2020 19h40
O apoiador do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Renan Sena foi detido pela Polícia Civil na tarde deste domingo (14).
O homem, que é ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher,
Família e Direitos Humanos, foi levado à delegacia pelos crimes de
calúnia e injúria, após divulgar vídeo com ofensas contra autoridades do
três Poderes e o governador Ibaneis Rocha (MDB).
Ele foi liberado nesta noite após assinar um termo de comparecimento em juízo.
Para o delegado responsável pelo caso, Giancarlos Zualini, Sena é
suspeito de "narrar o vídeo" em que manifestantes lançam fogos contra o
STF.
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli apresentou
representação contra ele à Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da
República, por crimes contra a honra “por ataques e ameaças à
Instituição deste Supremo Tribunal Federal e ao Estado Democrático de
Direito”.
No ofício, Toffoli afirma que a representação se dá “por
postagens em redes sociais, bem como todos os demais participantes e
financiadores, inclusive por eventual organização criminosa”.
O ministro pede que sejam “adotadas as necessárias providências para a investigação e persecução penal”.
Sena já é indiciado por injúria durante outro protesto, no início de maio.
Na ocasião, ele xingou enfermeiras que participavam de ato em memória a vítimas da Covid-19.
O G1 tenta contato com a defesa de Sena.