No quinto mandato consecutivo na Câmara de Deputados,
londrinense diz focar projetos na educação e emprego
Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Alex Canziani
vai oficializar o nome na convenção do PTB do Paraná que será realizada nesta
sexta-feira (3) em Curitiba.
O evento também vai confirmar o apoio dos petebistas à
governadora Cida Borghetti (PP), que disputará o Palácio Iguaçu.
No quinto mandato consecutivo na Câmara de Deputados,
Canziani troca uma reeleição certa como deputado de olho numa das duas cadeiras
em disputa neste ano ao Senado.
"Há uma janela de oportunidades para qualificar a
representação do Paraná", disse ele em visita à FOLHA.
O deputado criticou a atuação dos senadores que estão
encerrando seus mandatos agora, como Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião
(MDB). E fez elogios apenas ao senador e presidenciável Alvaro Dias (Podemos),
candidato que terá o apoio de Canziani.
"O senador é o representante do Estado, é a ponte entre
os interesses do Paraná no Governo Federal. Os demais senadores infelizmente ao
longo dos anos envolvidos em questões politicas, partidárias e ideológicas e
não dialogaram com o governo."
Canziani citou ainda empréstimos internacionais que deixaram
de ser oportunizados com a falta de empenho dos senadores do Paraná.
"Vou usar meus 20 anos de Brasília para viabilizar
projetos importantes, independente de quem for eleito."
EDUCAÇÃO E EMPREGO
O pré-candidato ao Senado aposta em dois temas, educação e
emprego, para angariar votos nesta campanha e subir de patamar no Congresso.
"Nenhum governo até agora priorizou de fato a
educação", cobrou, ao citar dado que 55% dos alunos de oito anos de idade
no país ainda não sabem ler nem escrever. Isso é um dado terrível".
Canziani defendeu que o Governo Federal deve focar sua
atenção na educação básica e formação dos professores para mudar o quadro
atual.
O petebista também destacou o investimento em ensino
profissionalizante para qualificar a mão de obra.
"Eu vi o EncontrosFolha que discutiu a inovação à
saúde. Londrina está investindo neste ativo, isso cria oportunidades. Temos que
potencializar investimento no agronegócio, saúde e tecnologia."
REFORMAS
Sobre a reforma da Previdência, que não saiu do papel, o
deputado londrinense disse que a grave crise ética e política enfrentada pelo
governo Temer (MDB) inviabilizou o projeto.
"A partir daquela gravação do Joesley (Joesley Batista,
dono da JBS, em 2017) a reforma se tornou inviável".
Questionado sobre as duas oportunidades em que votou pela
manutenção de Temer e contra a abertura de investigação pela PGR (Procuradoria
Geral da República), Canziani considera que aquele não seria o momento correto
para o afastamento do presidente.
"Escolher outro presidente seria provocar uma crise
ainda pior. Queira ou não, a economia estava tendo uma leve melhora. E outra:
nós não o absolvemos, simplesmente, o Congresso disse: 'segura', e depois volta
a correr o processo".
Canziani não vê outra alternativa a não ser votar a reforma
da Previdência em 2019. "Essa conta não fecha.
O candidato a presidência que estiver dizendo que não vai
fazer é mentira. Agora, qual reforma? Nós teremos que debater no Congresso."
Sobre a reforma política, o deputado é crítico da fundo
eleitoral de R$ 2,9 bilhões aprovado em 2017 no qual votou contra.
"Não permitirá renovação. Os partidos estão focando os
recursos somente para os deputados federais. Isso porque são eles que fazem o
fundo partidário e garantem depois mais tempo de televisão." O parlamentar
também defendeu a volta do financiamento privado. "Se tiver teto, clareza
e critérios não acho errado não".
CAMPANHA
O nome de Canziani chegou a ser cogitado por membros da
coligação como vice da chapa governista de Cida Borghetti (PP). Entretanto, o
deputado considerou a hipótese inviável à campanha.
"Não é questão de interessar. Queremos vencer a eleição
e a melhor solução para coligação é de um vice-governador de Curitiba. Meu
forte não tão forte na capital". Já para se fazer conhecido na disputa ao
Senado, Canziani disse que terá apoio de prefeitos como Rafael Greca em
Curitiba, Marcelo Belinati em Londrina e demais prefeitos pelo interior.
Fonte: Folha de Londrina