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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PF mira organização criminosa que fraudou benefícios do INSS em pelo menos R$ 2 milhões


Operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (6). Há seis mandados de busca e apreensão em cidades do Paraná e em Bombinhas (SC).
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação, na manhã desta quinta-feira (6), para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em, pelo menos, R$ 2 milhões.
Há seis mandados de busca e apreensão. Eles são cumpridos em Curitiba, São José dos Pinhais (Região Metropolitana da capital paranaense), Cascavel e Marechal Cândido Rondon, que ficam no oeste do estado. Policiais federais também cumprem mandados em Bombinhas (SC).
A PF informou que há um mandado de prisão, mas que ele é relacionado a outra investigação, em crime de moeda falsa.
A operação foi batizada de "Crotalus".
'Crotalus'
De acordo com a PF, as investigações começaram em 2017. Na época, havia a suspeita de recebimento indevido de um benefício previdenciário de pensão devido à suposta morte da esposa do beneficiário.
Contudo, nenhum deles existe: nem o viúvo, nem a esposa falecida, segundo a PF.
A PF apurou a existência de um sistema de criação de pessoas fictícias e de pessoas jurídicas em nome de pessoas que não existem.
Falsificação de documentos públicos, abertura de contas bancárias e aquisição de financiamentos de veículos em nome de pessoas fictícias também foram levantados, entre outros crimes.
Conforme a PF, as pessoas físicas e jurídicas criadas pela organização dificultavam o rastreamento dos reais responsáveis pelas fraudes.
Benefícios indevidos
As investigações mostraram que quatro benefícios indevidos começaram a ser recebidos entre 2008 e 2009.
Os benefícios fraudados, de acordo com a PF, eram os do limite do INSS, que é R$ 5.645.
Empresas de fachada também foram identificadas pela PF. Elas eram criadas e mantidas pela organização criminosa para movimentar os valores obtidos por meio das fraudes.
Bloqueios
Segundo a PF, os benefícios fraudados foram suspensos. Além disso, houve o bloqueio de ativos de seis investigados.
Outras medidas foram tomadas, como restrição de transferência de veículos, bloqueio dos ativos de cerca de 20 pessoas físicas fictícias e empresas de fachadas, e a indisponibilidade de bens e valores guardados em instituições financeiras do país.
Por G1 PR — Curitiba