Operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (6). Há
seis mandados de busca e apreensão em cidades do Paraná e em Bombinhas (SC).
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação, na manhã
desta quinta-feira (6), para desarticular uma organização criminosa suspeita de
fraudar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em, pelo
menos, R$ 2 milhões.
Há seis mandados de busca e apreensão. Eles são cumpridos em
Curitiba, São José dos Pinhais (Região Metropolitana da capital paranaense),
Cascavel e Marechal Cândido Rondon, que ficam no oeste do estado. Policiais
federais também cumprem mandados em Bombinhas (SC).
A PF informou que há um mandado de prisão, mas que ele é
relacionado a outra investigação, em crime de moeda falsa.
A operação foi batizada de "Crotalus".
'Crotalus'
De acordo com a PF, as investigações começaram em 2017. Na
época, havia a suspeita de recebimento indevido de um benefício previdenciário
de pensão devido à suposta morte da esposa do beneficiário.
Contudo, nenhum deles existe: nem o viúvo, nem a esposa
falecida, segundo a PF.
A PF apurou a existência de um sistema de criação de pessoas
fictícias e de pessoas jurídicas em nome de pessoas que não existem.
Falsificação de documentos públicos, abertura de contas
bancárias e aquisição de financiamentos de veículos em nome de pessoas
fictícias também foram levantados, entre outros crimes.
Conforme a PF, as pessoas físicas e jurídicas criadas pela
organização dificultavam o rastreamento dos reais responsáveis pelas fraudes.
Benefícios indevidos
As investigações mostraram que quatro benefícios indevidos
começaram a ser recebidos entre 2008 e 2009.
Os benefícios fraudados, de acordo com a PF, eram os do
limite do INSS, que é R$ 5.645.
Empresas de fachada também foram identificadas pela PF. Elas
eram criadas e mantidas pela organização criminosa para movimentar os valores
obtidos por meio das fraudes.
Bloqueios
Segundo a PF, os benefícios fraudados foram suspensos. Além
disso, houve o bloqueio de ativos de seis investigados.
Outras medidas foram tomadas, como restrição de
transferência de veículos, bloqueio dos ativos de cerca de 20 pessoas físicas
fictícias e empresas de fachadas, e a indisponibilidade de bens e valores
guardados em instituições financeiras do país.
Por G1 PR — Curitiba