Além da falta
d’água, chuvas abaixo do normal comprometem o meio ambiente, o
fornecimento de energia, agricultura, indústrias e também traz
consequência para a saúde. Previsão do Simepar é que a estiagem vá até
as chuvas de verão.
Publicação AEN
10/08/2020
O horizonte
para a recomposição dos reservatórios que abastecem a Região
Metropolitana de Curitiba (RMC), que operam atualmente com um terço da
capacidade, não é muito animador.
A
estiagem que já dura um ano no Paraná, com mais intensidade na região
Leste (RMC e Litoral), não deve dar trégua até a primavera.
A
previsão do Simepar é que ela se prolongue, pelo menos, até as próximas
chuvas de verão, entre dezembro e fevereiro do ano que vem.
“Podemos
esperar um resto de inverno seco, com poucos eventos e chuvas menos
intensas até o início da primavera. Mesmo que chova mais na próxima
estação do que agora, o volume ainda será insuficiente”, explica o
diretor-presidente do Simepar, Eduardo Alvim.
“Esta situação
preocupa porque precisamos de pelo menos três meses de chuva dentro ou
acima da média para conseguir recompor os níveis dos mananciais”, diz.
Além disso, os paranaenses também precisam torcer desde já para que o
fenômeno La Ninã, que pode se formar no início do ano que vem, não se
concretize.
O resfriamento das águas do Oceano Pacífico pode ter
como consequência um verão mais seco no Estado, justamente quando são
esperadas as chuvas mais intensas, que ajudariam os mananciais a
recuperarem o nível normal de vazão.
“Se a estiagem se prolongar para o verão, as consequências serão muito graves”, afirma Alvim.
Não é apenas o abastecimento de água que fica comprometido com a falta de chuvas.
A estiagem é ruim para o meio ambiente, aumenta o risco de queimadas,
reduz a qualidade do ar, causando vários problemas respiratórios em um
momento em que o mundo todo se preocupa com a Covid-19, e traz impactos
para a economia, afetando a agricultura, a produção industrial e o
fornecimento de energia.