-Polícia Civil mira e acerta em criminosos que lideram uma das maiores facções do Estado.
Operação Chicago foi lançada na madrugada desta quinta-feira (13) tendo
como alvo até mesmo um político ligado ao tráfico em Canoas-RS.
Até agora, foram seis presos
Foi há um ano e meio, durante uma investigação envolvendo o tráfico de
entorpecentes no bairro Guajuviras, que os agentes da 3ª Delegacia de
Polícia (DP) depararam com uma transação milionária de cocaína.
Este foi o embrião da Operação Chicago, lançada na madrugada desta quinta-feira (13) pela Polícia Civil.
Até agora, foram seis presos ligados ao tráfico de drogas na cidade.
O nome da ação faz referência ao popular Al Capone, gângster que dominou o crime na Chicago americana dos anos 30.
"É que o crime de lavagem de dinheiro teve início lá", aponta o
delegado Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional
Metropolitana (DPRM).
De acordo com o delegado, a ofensiva tem como alvos seis lideranças de uma das maiores facções presentes no Estado.
Cerca de 17,3 milhões pertencentes ao grupo estão na mira da Civil.
O montante de dinheiro era lavado através da aquisição de imóveis,
automóveis, lanchas, aeronaves, outros bens móveis, moedas estrangeiras e
também para a criação de empresas.
"Montamos a operação mirando o bolso desta organização", aponta.
"E não é qualquer um que faz sumir tanto dinheiro, então dá para dizer que estamos atrás de peixes graúdos.
"Queremos quebrar a organização no meio", diz.
Entre os suspeitos há até mesmo um político de Canoas que concorreu como deputado estadual nas últimas eleições.
Ele seria responsável por movimentar uma grande quantia para a organização.
Estão sendo cumpridas 151 ordens judiciais em Canoas, Porto Alegre,
Sapucaia do Sul, Nova Santa Rita, Gravataí, Estância Velha, São
Leopoldo, Imbé, Capão da Canoa e também no município de Itapema, no
Estado de Santa Catarina. Foram 48 veículos de luxo apreendidos e 19
imóveis sequestrados durante a ação, mais uma dúzia de contas
congeladas.
"Estas pessoas movimentam grandes somas e com isso
alimentavam toda uma cadeia alimentar para o tráfico de entorpecentes",
frisa o delegado Rodrigo Caldas.
"Então dá para dizer que estamos atacando onde mais dói, que é no bolso."