O
núcleo de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná,
deflagrou a Operação Ductos nesta segunda-feira, 20 de julho, para o
cumprimento de 16 mandados de prisão temporária e 50 mandados de busca e
apreensão.
As ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa e incluem ainda o bloqueio de imóveis e veículos de 22 pessoas ou empresas.
As prisões temporárias (por cinco dias) têm como alvo empresários e servidores da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
As buscas são cumpridas em 37 residências e 13 empresas, incluindo
cinco estabelecimentos privados (em Ponta Grossa, Cornélio Procópio,
Telêmaco Borba e Curitiba) e oito da Sanepar (três em Ponta Grossa, dois
em Telêmaco Borba e um em Curitiba, Santo Antônio da Platina e Cornélio
Procópio).
As investigações, iniciadas há cerca de dois anos,
apuram principalmente o pagamento indevido por serviços não prestados e
fraudes em licitações.
Teria havido benefício ilegal para empresas, mediante pagamento de propinas a servidores da Sanepar.
A principal empresa beneficiada seria também a organizadora do pagamento de propinas.
Há suspeitas de que as empresas organizavam entre si o resultado de
processos licitatórios, a partir do acesso a informações internas da
Sanepar.
Os crimes investigados são fraude a licitação, peculato,
lavagem de dinheiro e corrupção por meio de organização ou associação
criminosa, além de falsidade documental.
Propinas
Iniciadas há
cerca de dois anos, as investigações apuram principalmente o pagamento
indevido por serviços não prestados e fraudes em licitações, bem como
benefício ilegal para empresas, mediante propinas a servidores da
Sanepar.
A principal empresa beneficiada seria também a organizadora do pagamento dos subornos.
Há suspeitas de que as empresas organizavam entre si o resultado de
processos licitatórios, a partir do acesso a informações internas da
Sanepar.
Investiga-se, ainda, o faturamento por serviço não
executado integralmente ou por serviço superfaturado, com o uso de
medições falsas ou não fiscalizadas por servidores da Sanepar.
Em contrapartida, funcionários da Sanepar receberiam propina.
O grupo de empresários que liderava a organização das fraudes montou
outras empresas para efetivar os pagamentos ilegais e ocultar sua
verdadeira origem.
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Assessoria de Comunicação