Imagem: JORGE ADORNO
De Assunção UOL
11/07/2020 03h53
Ronaldinho Gaúcho sofreu uma nova derrota judicial ontem (10) com a
rejeição de um recurso que a defesa apresentou para que o ex-jogador e o
irmão, Roberto Assis, fossem liberados da prisão domiciliar, na qual
estão desde abril por terem entrado no Paraguai com passaporte com
conteúdo falso.
A Quarta Câmara do
Tribunal de Recursos indeferiu o benefício, tornando definitiva a
decisão do juiz penal de garantias, Mirko Valinotti, que em 6 de março
negou um pedido inicial do Ministério Público para que Ronaldinho e seu
irmão Roberto fossem favorecidos pelo "critério de oportunidade", que
livraria os brasileiros de processo em troca de colaboração com a
justiça.
A Câmara declarou "inadmissível" a ação dos advogados do
melhor jogador do mundo em 2004 e 2005, de acordo com fontes judiciais
citadas pela mídia local.
A decisão de Valinotti, baseada na
comissão de uma suposta ofensa, foi apelada pela defesa dos irmãos um
tribunal superior, que finalmente emitiu uma decisão nesta sexta-feira,
quatro meses depois.
Em 7 de março, outra juíza de garantias, Clara
Ruiz Díaz, ordenou a prisão preventiva de Ronaldinho e Assis no
Grupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção.
O local
recebe políticos processados por corrupção e prisioneiros com casos de
tráfico de drogas após uma retificação pela Procuradoria Geral da
República.
Os dois ficaram encarcerados até 7 de abril, quando foram
levados para um hotel da capital, após o pagamento de fiança de US$ 1,6
milhão, e permanecem em prisão domiciliar desde então.
Eles estão
sob custódia policial e proibidos de sair do Paraguai, acusados de uso
de documentos públicos com conteúdo falso, com uma pena que pode chegar a
até cinco anos.